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AOFA divulga um Memorando sobre a degradação das remunerações dos oficiais entre 2010 e 2014

No estudo comparativo sobre as remunerações que juntamos (situação: casado, dois titulares, um dependente) será possível ver, com exactidão, o que perderam os oficiais no activo e na reserva entre 2010 e 2014. O pagamento de um subsídio em duodécimos tem servido para camuflar a dimensão da catástrofe. A realidade torna-se perceptível quando lhe retiramos a máscara: os oficiais são abonados como se detivessem dois/três ou mais postos abaixo daquele que ocupam. Não é possível apresentar um estudo semelhante para os oficiais na reforma face à diversidade de referências a considerar em consequência das medidas especiais de que têm sido alvo, mas o que cada um recebe em termos líquidos poderá servir para, neste documento, ver o nível hierárquico a que correspondem os seus rendimentos determinados pelo Governo e concluir sobre a dimensão da indignidade com que o tratam.

A opinião pública tem sido massacrada com a ideia de que os oficiais, ainda que sujeitos a sacrifícios, como os seus concidadãos, vêm recebendo um tratamento apesar de tudo especial.

Um estudo comparativo, que fizemos, entre o que os oficiais têm perdido e vão perder, em remunerações, entre 2010 e 2014 ilustra precisamente o contrário. Foi considerado o caso de um oficial casado, dois titulares, com um dependente, e apenas tratado o universo dos que se encontram nas situações de activo e de reserva, uma vez que as referências para os da reforma são de uma diversidade tal que impossibilita a elaboração de um estudo simplificado como o que apresentamos. Para os oficiais que se encontram na reforma fica, entretanto, uma certeza: a indignidade com que vêm sendo tratados consegue superar a falta de respeito pelos direitos legítimos dos que se encontram no activo e na reserva.

O pagamento de um subsídio em duodécimos tem servido para mascarar o que os oficiais vêm efectivamente perdendo.

O nosso estudo, sem essa máscara, demonstra sem margem para dúvidas a degradação das nossas remunerações e a perversão de uma situação em que os oficiais são abonados como se detivessem dois/três ou mais postos abaixo daquele que ocupam.

Tudo tem sido esquecido: a formação e qualificação que possuímos, as especiais responsabilidades que nos cabem, o Juramento de Honra que fazemos e que implica a doação da nossa vida em defesa dos Superiores Interesses Nacionais, se e quando necessário.

Mais: não vêm sendo levadas em conta as baixas remunerações auferidas nos postos intermédios, a cada vez mais longa permanência nesses postos e as dificuldades em aceder aos níveis superiores da hierarquia.

Se juntarmos ao presente o afastamento, ao longo dos últimos anos, das remunerações que constituíam tradicionalmente as nossas referências, sempre com a injustiça como pano de fundo, temos o retrato real do que tem sido o tal “tratamento especial”!

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