AOFA esteve presente no Congresso Nacional da Ordem dos Farmacêuticos
A convite da Organização, na pessoa dos Coronéis Farmacêuticos José Damas Móra, ex-Director do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF) e José Aranda da Silva, também ele ex-Director do LMPQF, ex-Presidente do INFARMED e ex-Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, a AOFA esteve presente na Sessão “Farmácia Militar” promovida no âmbito do Congresso Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, representada pelo Secretário-Geral, Tenente-Coronel António Costa Mota.

A Sessão “Farmácia Militar” promovida no âmbito do Congresso Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, decorreu entre as 9h30 e as 13h do dia 30 de Outubro de 2015 e registou uma assinalável e muito significativa enchente, bem demonstrativa da relevância dos temas em análise e discussão e que traduzem, na prática, a enorme importância da “Farmácia Militar”, nas suas múltiplas valências, e do trabalho insubstituível dos Farmacêuticos Militares em prol das Forças Armadas, quer em Missões de Paz quer de Conflito, bem como nos inúmeros Serviços Públicos que prestam à generalidade dos Portugueses e consequentemente a Portugal.
A sessão foi presidida pelo Coronel Farmacêutico, José Damas Móra, tendo a moderação dos trabalhos sido realizada pelo Coronel Farmacêutico José Aranda da Silva.
Perante uma audiência que encheu por completo a sala e onde notoriamente mais de 90% dos presentes eram Militares, devidamente uniformizados, e onde os nossos Camaradas Oficiais Farmacêuticos no Activo, do Exército e da Marinha, marcaram naturalmente forte presença, a sessão foi naturalmente iniciada pelo Presidente da Mesa, Coronel Damas Móra, que apresentou um historial muito interessante sobre a relevância dos Farmacêuticos Militares Portugueses nas suas mais variadas componentes de actuação, incluindo referências muito relevantes ao seu papel determinante da evolução da Farmácia e das Instituições a ela associadas no panorama nacional. Enalteceu ainda o Coronel Damas Móra o facto de, pela primeira vez, um Congresso Nacional dos Farmacêuticos dedicar exclusivamente uma sessão específica à “Farmácia Militar” e aos Farmacêuticos Militares, resultado inequívoco da actualidade e relevância conhecidas e reconhecidas a este importantíssimo sector de actividade, na prática bem representado pelos inúmeros serviços prestados, designadamente, mas não só pelo LMPQF. No final da sua intervenção o Coronel Damas Móra, agradecendo a presença de todos, não deixou de registar a sua plena satisfação pela presença da AOFA aludindo de forma bem evidente ao papel, que considera muito relevante, na defesa quer dos interesses Sócio-Profissionais dos Oficiais das Forças Armadas quer na defesa recente e empenhada do LMPQF.
Já perante a moderação do Coronel Aranda Silva, que igualmente saudou todos os presentes e de uma forma individualizada também a presença da AOFA, os trabalhos prosseguiram com uma muitíssimo interessante apresentação efectuada pelo “Senior Colonel Pharmacist, Arne Krappitz” que nos trouxe, da Alemanha, uma exposição detalhada sobre todas as envolventes e áreas de actuação da Farmácia Militar e dos Farmacêuticos Militares, deixando importantes referências, não como linhas “ideais” de actuação mas como potencialidades que, com as devidas adaptações, podem vir a reforçar ainda mais o papel já hoje determinante da “Farmácia Militar” em Portugal, reconhecendo que a qualidade dos serviços já hoje prestados no nosso país é de verdadeira excelência e convidando formalmente os Farmacêuticos Militares Portugueses a integrar diversos fóruns internacionais naturalmente especializados nestas matérias.
Seguidamente, o Coronel Farmacêutico Pet Mazarelo, actual Director do LMPQF fez, também ele, uma apresentação relevante sobre a realidade da Farmácia Militar em Portugal, nas suas mais diversas vertentes, não deixando contudo e de forma evidente de lamentar que os fortes constrangimentos financeiros vividos em Portugal nos últimos anos não tenham permitido a Instituições tão relevantes como o LMPQF ir “ainda mais longe” nalguns projectos, uns em estudo e outros mesmo já em fases mais evoluídas. De igual forma o Coronel Pet Mazarelo, no decorrer da sua intervenção, não deixou de aludir às várias reestruturações que têm vindo a ser determinadas pelas políticas determinadas na Área da Saúde Militar, deixando no entanto a sua percepção de que as mesmas poderão não vir a afectar substancialmente os serviços prestados desde que, na generalidade, essas reestruturações não coloquem demasiadamente em risco estruturas técnicas altamente qualificadas e que prestam serviços únicos a Portugal, mensagem que transpareceu ser implicitamente o LMPQF uma estrutura central e “insubstituível”.
A primeira parte da sessão de trabalhos veio a terminar com a apresentação, por parte da Tenente-Coronel Farmacêutica Ângela Furtado, de um vídeo muito interessante que reflecte de forma inequívoca uma das múltiplas valências da nossa “Farmácia Militar”: “A defesa química na resposta às novas ameaças”.
A segunda parte da sessão foi composta por um conjunto de várias apresentações complementares, seguidas de debate, e que no seu todo deram uma panorâmica global da realidade prática da “Farmácia Militar” em Portugal, tendo cada apresentação ficado a cargo do respectivo responsável por cada uma das áreas.
De todas estas apresentações, de uma evidente riqueza de conteúdo, permitimo-nos salientar, por nos parecer um aspecto absolutamente paradigmático que deve ser levado ao conhecimento do maior número de Portugueses, a explanação, com o detalhe possível mas ressalvados os aspectos confidenciais inerentes a essa intervenção, sobre o papel absolutamente determinante, também ele insubstituível por parte das Estruturas Militares e dos Farmacêuticos Militares, no recente grave incidente ocorrido na Faculdade de Farmácia e onde a Protecção Civil, dada a complexidade e perigosidade da situação não hesitou em recorrer aos Serviços Militares e aos seus mais bem preparados técnicos para a resolução da situação, o que veio a revelar-se uma decisão correctíssima em face da ameaça e das capacidades, reiteramos únicas, dos Serviços de Farmácia Militar e dos nossos(as) Camaradas Oficiais Farmacêuticos e do pessoal que lideram.
Aqui damos naturalmente o destaque merecido aos nossos camaradas responsáveis por todas as intervenções produzidas na segunda parte da sessão de trabalhos:
- Ângela Furtado, Tenente-coronel Farmacêutica
- Humberto Tavares, Capitão-de-mar-e-guerra Farmacêutico
- Inês Martins, Capitã Farmacêutica
- José Mário Miranda, Capitão-de-mar-e-guerra Farmacêutico
- Luís Mendonça, Major Farmacêutico
- Pet Mazarelo, Coronel Farmacêutico
Após o debate técnico o Secretário-Geral da AOFA, Tenente-Coronel António Costa Mota, solicitou o uso da palavra e perante a audiência agradeceu o amável convite que nos foi endereçado e referiu que sendo a Associação totalmente autónoma e independente do Poder Político e da Estrutura e Hierarquia Militar, dependendo financeiramente e em exclusivo das quotizações dos Oficiais Associados, dispõe de uma capacidade única de intervenção e influência quer junto do Poder Político (MDN, Comissão de Defesa na Assembleia da República e Grupos Parlamentares) quer junto das Chefias Militares (CEMGFA, CEMA, CEME e CEMFA) que sempre exerce em função dos interesses Sócio-Profissionais dos Oficiais, de todos os Oficiais, mas igualmente em prol de causas, cuja defesa intransigente do LMPQF é apenas mais uma e dos mais recentes exemplos, anunciando inclusivamente que no próximo dia 9 de Novembro uma delegação da AOFA, que integra o Coronel Aranda da Silva, tem já agendada uma audiência com o General CEME para tratar exclusivamente da questão do LMPQF, anuncio que foi evidentemente do agrado e saudado pelos Oficiais presentes. De igual forma e a terminar o Secretário-Geral da AOFA não deixou de referir a nossa firme disponibilidade e vontade de integrar, assim o desejem, como Sócios e Sócias da AOFA os Camaradas que ainda o não são bem como a nossa disponibilidade e interesse em promover a criação de um Colégio específico, dentro do seio da AOFA, composto por Oficiais Médicos e Farmacêuticos: O Colégio da Saúde Militar. Os trabalhos foram então dados por terminados pelo Presidente da Mesa, Coronel Damas Móra, não sem que antes uma nova alusão à AOFA fosse efectuada, através de um sentido agradecimento por termos sido e continuarmos a ser um “Amplificador tão eficaz e determinado da Voz dos Oficiais Farmacêuticos e da causa nobre da Defesa do LMPQF”.
Já após terminada a sessão não podemos deixar de referir o número muito significativo de Camaradas que tiveram a gentileza de cumprimentar e agradecer à AOFA, na pessoa do Secretário-Geral, o trabalho que temos vindo a realizar de modo geral e muito concretamente no âmbito das matérias que mais directa e especificamente dizem respeito aos Oficiais Farmacêuticos.