AOFA nas Comemorações do Dia do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA)
A convite do Almirante CEMGFA a AOFA esteve presente nas Comemorações do Dia do EMGFA que se realizaram em Belém. A representação da AOFA foi assegurada pelo Presidente do Conselho Nacional, Tenente-Coronel António Costa Mota
Presidida pelo Primeiro Ministro, a Cerimónia contou com a presença de várias dezenas de Entidades Militares e Civis.
A cerimónia, singela mas plena de significado, permitiu recordar de forma pública a relevância das Forças Armadas Portuguesas nos mais variados cenários, internos e externos, nos quais operam em permanência e com elevadíssima qualidade, considerado o extremo brio, profissionalismo, e capacidades amplamente reconhecidos aos Militares Portugueses.
Discursaram, na circunstância, o Almirante CEMGFA que enaltecendo os Homens e Mulheres que Servem Portugal nas Forças Armadas, desfilou toda uma série de exemplos muito concretos que fazem dos Militares Portugueses um verdadeiro exemplo interno e os maiores embaixadores de Portugal um pouco por todo o mundo. Não deixou, no entanto, de realçar, as graves lacunas de Efetivos, Meios Logísticos e Financeiros com que se debatem as Forças Armadas, razão pela qual as Missões se vão cumprindo cada vez mais dado o exemplar espírito de missão, disciplina, coesão e esforço pessoal e familiar que é requerido aos Militares Portugueses.
Discursou igualmente Sua Excelência o 1º Ministro, reforçando as já conhecidas promessas de investimento nas Forças Armadas, dando agora como próximo prazo o ano de 2023 para que as metas de investimento de 2% do PIB, conforme acordos estabelecidos há já vários anos no âmbito da NATO, venham a ser concretizadas. Mais Navios para a Marinha, um dos quais o Navio Polivalente Logístico, ou os aviões pesados KC390, sempre na perspectiva de duplo-uso, parecem assim ser as razões encontradas para os anunciados investimentos, a prazo, nas Forças Armadas. Sobre as inúmeras lacunas, dificuldades e legítimos Interesses, Direitos e Expecttivas dos Militares, infelizmente e uma vez mais não foram anunciadas quaisquer medidas o que faz antever a intenção da continuação das já bem conhecidas políticas que ao longo das últimas décadas conduziram as Forças Armadas à situação pouco menos que dramática em que se encontram, quer ao nível de Efectivos quer, tão ou mais relevante, do descontentamento que se verifica nas Fileiras.