AOFA presente na 122ª Edição das Tertúlias “Fim do Império”, momento de apresentação das obras “A Guerra – Angola 1961-1963” e “Não sabes como vais morrer”
A 122ª Edição das Tertúlias “Fim do Império”, trabalho notável de preservação das Memórias Militares levado a cabo sob coordenação do Coronel de Cavalaria Barão da Cunha, decorreu no Palácio da Independência (Sala dos Azulejos), em Lisboa, tendo sido significativamente marcadas pelo lançamento dos livros “A Guerra – Angola 1961-1963” e “Não sabes como vais morrer”, ambos com a presença e participação activa dos respectivos autores. A AOFA fez-se representar pelo Secretário-Geral, Tenente-Coronel António Costa Mota.

Na nobre sala dos azulejos, completamente lotada, do Palácio da Independência, em Lisboa, a sessão decorreu sob a presidência do Tenente-General Chito Rodrigues, na qualidade de Presidente da Liga dos Combatentes e sob a coordenação e apresentação do Coronel de Cavalaria Barão da Cunha.
No que concerne ao livro “A Guerra – Angola 1961-1963”, da autoria do Dr. Fernando Reis Lima, à data Alferes Médico, o mesmo retrata uma visão simultaneamente dramática da guerra e de alguns dos seus casos mais pungentes mas simultaneamente retratados através de uma perspectiva humanista de um Oficial Médico que em condições particularmente difíceis e pouco apropriadas ao desenvolvimento da actividade médica dedicou essa época da sua vida ao serviço do apoio e intervenção sanitária aos Militares das Forças Armadas Portuguesas mas, de forma igualmente significativa, à População de Angola nos mais recônditos e “inacessíveis” locais. Uma obra importante em que a dicotomia entre a Guerra e Salvação de vidas humanas é bem patente e expressa “na primeira pessoa”.
Numa outra perspectiva da mesma realidade, vivida em Moçambique e no início da década de 70, o então Alferes Ranger Froufe Andrade traz-nos no seu livro “Não sabes como vais morrer” um conjunto de histórias de guerra, igualmente vividas e relembradas “na primeira pessoa”. Trata-se, segundo o próprio autor, de um pequeno livro, escrito por alguém que fazendo toda uma carreira posterior de jornalista viveu a guerra como operacional de 1ª linha e pretende desmistificar muito daquilo que, de forma mais ou menos voluntária, mais ou menos consciente, mais ou menos ignorante, se passou na Guerra Colonial ou na Guerra Ultramarina, “como preferirem”, sendo que o que efectivamente mais relevante importa reter são as verdadeiras histórias de guerra que para todo o sempre marcarão directamente uma geração de portugueses e, de forma indirecta, as gerações que se lhes seguiram. Exemplares de ambos os livros fazem também agora parte do património da AOFA, contendo um deles “Não sabes como vais morrer” uma dedicatória à nossa Associação.