AOFA presente na Comemoração Nacional do 83º aniversário da Revolta dos Marinheiros de 8 de setembro de 1936, Dia Nacional da Praças das Forças Armadas
A convite das Direções da Associação de Praças (AP) e do Clube de Praças da Armada (CPA) a AOFA esteve presente na Cerimónia Comemorativa, tendo sido representada pelo Presidente do Conselho Nacional, Tenente-Coronel António Costa Mota.
O evento contou com a presença de inúmeras Entidades Militares e Civis, sendo convidado de honra o Comandante Manuel Begonha.
A cerimónia teve o seu início com o içar da Bandeira Nacional, junto ao Monumento ao Marinheiro Insubmisso, contando com a participação da Fanfarra do Corpo de Fuzileiros da Marinha.
A primeira intervenção coube ao Presidente da Associação de Praças, Cabo-Mor Luís Reis, que fez a apologia da Revolta dos Marinheiros (8 de setembro de 1936), camaradas que há 83 anos num acto de grande coragem e dedicação às causas militares se sublevaram (e pagaram com a vida tal “ousadia”) na exigência de condições condignas para o cumprimento das missões e de mais justas condições de vida para os Militares. Ao longo do magnífico discurso proferido o Presidente da AP elencou ainda um conjunto importante de problemas graves com que hoje se debatem os Militares e a Instituição Militar, sinais inequívocos de que a luta organizada das Associações Socioprofissionais terá de prosseguir de forma incessante não só em prol dos actuais Militares no Activo, Reserva e Reforma mas igualmente fazendo jus aos nossos Camaradas que no passado tanto de si deram por idênticas causas.
Seguiu-se a intervenção do convidado de honra, Capitão de Mar-e-Guerra Manuel Begonha que igualmente traçou um panorama histórico da Revolta dos Marinheiros de 1936, enaltecendo o papel determinante das Praças das Forças Armadas ao longo de séculos, tendo igualmente e de forma muito explícita feito referência ao papel determinante que a AOFA, a ANS e a AP vêm fazendo nas últimas décadas na defesa dos mais legítimos Direitos, Interesses e Expectativas dos Militares Portugueses. Foram ainda, e muito a propósito dada a presença na cerimónia de representantes dos Grupos Parlamentares do PS e do PCP, feitas várias referências ao estado actual a que o poder político conduziu as Forças Armadas (insustentável e dramático) e, de forma particular, às condições cada vez mais inaceitáveis com que se debatem os Militares Portugueses quer nas suas condições de trabalho quer nas condições que pessoalmente lhes são proporcionadas, designadamente ao nível das baixas e completamente desadequadas remunerações, condições muito insuficientes ao nível do apoio na doença (ADM e HFAR) ou na Acção Social Complementar (IASFA), para além da falta de expectativas de desenvolvimento de Carreiras e de variadíssimas injustiças que ainda hoje perduram decorrentes da implementação do EMFAR/2015.
Seguiu-se a habitual e sempre emotiva deposição de coroas de flores junto ao Monumento ao Marinheiro Insubmisso, tendo a AOFA, com orgulho e de forma muito sentida, feito uma deposição em nome de todos os Oficiais das Forças Armadas.
Terminada a Cerimónia foi efectuada uma fotografia de grupo junto ao Monumento, seguindo-se um Porto de Honra amavelmente oferecido pelos nossos Camaradas da AP e do CPA.
Com muita Honra e muito Orgulho a AOFA esteve, como sempre, presente e reitera o mais profundo apreço, gratidão e reconhecimento dos Oficiais aos nossos Camaradas Praças das Forças Armadas! ESTAMOS JUNTOS!