Associações Militares reuniram com o candidato às eleições presidenciais, João Ferreira
Por solicitação do candidato, as APM (AOFA, ANS e AP) reuniram-se, durante cerca de 2 horas, com João Ferreira. A reunião teve lugar na Sede Nacional da AOFA, tendo a nossa Associação sido representada pelo Presidente do Conselho Nacional, Tenente-Coronel António Costa Mota e pela Tesoureira, Vogal do Conselho Nacional e Membro do Secretariado Nacional, Major Margarida Santos.
Foram cumpridas, como não poderia deixar de ser, todas as regras de segurança determinadas pela Direção-Geral de Saúde.
João Ferreira, que se fez acompanhar de António Rodrigues, teve uma intervenção inicial onde demonstrou estar a par das grandes problemáticas que afetam as Forças Armadas e, de forma muito particular e detalhada, os Militares, casos concretos das questões relacionadas com o EMFAR, Regulamento de Avaliação, Assistência na Doença aos Militares (ADM) e de forma mais ampla o Sistema de Saúde Militar, Ação Social Complementar/IASFA, Efetivos, Promoções e Remunerações, mas igualmente focando um conjunto de relevantes matérias mais gerais como os novos Direitos de Negociação Coletiva e Representação Jurídica Coletiva, aspetos que nos últimos meses as APM têm focado e estão fortemente empenhadas em conseguir ver consagradas no mais curto prazo de tempo.
Seguiram-se várias rondas de intervenções por parte de todos os Dirigentes das APM que, confirmando e detalhando muitos dos aspetos já relevados por João Ferreira, acrescentaram diversos exemplos ilustrativos da realidade vigente, bem como apresentaram outras matérias consideradas relevantes.
Concretamente por parte da AOFA foram ainda trazidos à reunião aspetos que consideramos muito preocupantes como o da contínua “funcionalização dos Militares”, numa irresponsável tendência de uniformização de procedimentos no âmbito da Administração Pública, clara e inequivocamente não passível de aplicabilidade a realidades tão distintas, mas igualmente as brutais disparidades que se verificam, designadamente em termos remuneratórios, quando comparadas com as Forças e Serviços de Segurança e outras Classes Profissionais de referência.
Foram igualmente expressas as grandes preocupações sobre a evidente falta de diálogo social que se verifica,de forma muito particular entre o Comandante Supremo das Forças Armadas, mas também do Governo, em relação às estruturas que legal e legitimamente representam os Militares, recordando que as Direções das APM são eleitas pelos seus pares e não nomeadas em função de critérios mais ou menos transparentes e democráticos.
Matérias como a do erro na forma como são nomeadas as Chefias Militares, com evidentes e diretos prejuízos para o funcionamento e coesão das Forças Armadas, as disfunções que se agudizam devido ao enorme déficit de Efetivos, a desmotivação crescente dos Militares, as incomportáveis taxas de esforço que nos estão a ser exigidas mas também as disparidades de tratamento que são dadas aos Militares Portugueses quando comparados com os seus congéneres dos restantes países da NATO mas também da UE, foram igualmente objeto de denúncia e discussão.
Este é pois um resumo, necessariamente breve, do que de mais relevante ocorreu nesta importante reunião onde, a terminar, João Ferreira deixou palavras de confiança, ânimo e apreço às Associações Militares e a promessa de que, caso venha a ser eleito Presidente da República, não deixará de exercer o seu magistério de influência na defesa dos mais legítimos Direitos das Mulheres e Homens que Servem nas Forças Armadas, bem como desenvolver novas e profícuas formas de diálogo social com os legítimos, por legais, representantes dos Militares, que se constituem as APM.
A terminar, não podemos deixar de referir que, por decisão unanimemente tomada pelo Conselho Nacional, a AOFA estará sempre interessada e disponível para realizar reuniões com todos/as os/as candidatos/as que tal nos solicitem, propósito em que certamente não deixaremos de ser acompanhados pelas nossas congéneres ANS e AP. Assim os/as potenciais candidatos/as ao cargo de Comandante Supremo das Forças Armadas demonstrem esse interesse.