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Comunicado “Carreira Militar: a Saúde não é só uma arma contra a doença!”

Num momento tão especialmente sensível da nossa vida coletiva, determinado pela Pandemia que a todos afeta, os profissionais de saúde adquiriram perante toda a sociedade uma relevância que os mais atentos e informados sempre lhes reconheceram, mas que por razões de “força maior” todos os restantes foram e são, agora, obrigados a reconhecer.

A vida, bem o sabemos, nem sempre (demasiadas vezes mesmo) é justa e é natural que passados estes momentos difíceis muito volte a ser como dantes e se voltem a ouvir as vozes daqueles que se vão movimentando e vivendo ao sabor das circunstâncias e interesses, “esquecendo” ou mesmo desprezando aqueles que, se dúvidas houvesse, “lá estão 24 horas por dia, 365 dias por ano” para o que der e vier, quando em causa está o maior bem que todos temos: A Saúde e em última análise a preservação da própria vida.

Para nós, como Militares, esta realidade não é desconhecida, de todo. Sentimo-la, como poucos. A ela nos habituámos e a nossa resiliência faz-nos incorporar “com naturalidade” essa realidade. Mas bem sabemos que assim é e não podemos deixar de a lamentar.

Nos últimos largos meses os Militares Profissionais de Saúde deram (e continuam a dar) um exemplo do que é juntar estas duas realidades. Ser Militar e Ser Profissional de Saúde. Demonstram-no na prática desde sempre mas nesta altura todos os reconhecem como (d)os melhores e mais fundamentais cidadãos portugueses.

Acresce que estas camaradas e estes camaradas, num rasgo cujas consequências perdurarão no tempo, e mesmo perante o momento tão especialmente exigente que atravessam, consideraram, e muito bem, ser a altura certa para se organizarem coletivamente e num trabalho que podemos atestar como exemplar se uniram em torno da sua Associação representativa, culminando esse trabalho de organização com a criação do “Colégio dos Militares Profissionais de Saúde” da AOFA.

Como Militares que são sofrem das mesmas injustiças que todos os restantes (Baixas remunerações, carreiras pouco atrativas, deficientes apoios na doença (ADM), inexistência prática de Apoio Social Complementar, insuficientes condições para exercer o seu trabalho, etc. etc.), às quais se juntam todo um conjunto de problemas específicos que caraterizam e afetam os Quadros de Saúde Militares. Falamos essencialmente dos Militares dos Quadros de Enfermagem, Farmácia, Medicina, Medicina Dentária, Medicina Veterinária, Psicologia, e Técnicos/as Superiores de Diagnóstico e Terapêutica.

Este comunicado constitui-se como o 1º trabalho produzido pelo Colégio dos Militares Profissionais de Saúde, naturalmente sancionado pelo Conselho Nacional da AOFA, e dele constam importantíssimas ideias e, como é apanágio na AOFA, são apresentadas inúmeras matérias que urge ver resolvidas e para as quais a Associação, permanentemente disponível e interessada num posicionamento dialogante e construtivo, reitera a total disponibilidade para trabalhar com quem tem a capacidade de tomar decisões nestas áreas.

Este comunicado, para além de ter sido enviado a todos os Oficiais, teve igualmente como destinatários todos os Órgãos de Comunicação Social, Presidência da República, Governo (via MDN), Comissão de Defesa da Assembleia da República, Comissão de Saúde da Assembleia da República, todos os Partidos com assento parlamentar, Ordens Profissionais da Área da Saúde, CEMGFA, CEMA, CEME e CEMFA.

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