Comunicado “Uma resposta injusta e desequilibrada”
A máquina de propaganda do Governo (deste e dos que o antecederam) é por demais conhecida e eficaz, baseando-se na distribuição massiva da mensagem, através da generalidade dos Órgãos de Comunicação Social (OCS), garantindo assim, com alguma facilidade, a manipulação dos recetores, tal o “tsunami” de “informação de sentido único” a que são submetidos. Todos sabemos, como Oficiais das Forças Armadas, o valor da informação, da contra-informação, mas igualmente da desinformação, todas elas, quando sabiamente utilizadas, veículos poderosíssimos de manipulação.
Em face desta realidade, o trabalho da AOFA não é, de todo, fácil, considerando que somos uma Associação Socioprofissional de Oficiais das Forças Armadas, estatutária e legalmente carregada de constrangimentos legais que, no entanto, ao longo destes 30 (trinta) anos que agora estamos a cumprir, temos conseguido, a pulso, contornar ou mesmo eliminar. Mas…… muito caminho temos ainda a percorrer, e estamos a fazê-lo!
O que é certo é que a AOFA, paulatinamente e por mérito próprio, decorrente da seriedade, quantidade e qualidade do trabalho produzido, mas também porque a nossa representatividade cresce de ano para ano derivado do número de Oficiais que vemos chegar como Sócios/as, vai ganhando o seu próprio espaço mediático e é hoje uma referência (para muitos “a” referência) quando se trata de assuntos respeitantes aos Militares das Forças Armadas, razão primeira e última da nossa existência.
Na sequência das reuniões ontem havidas com algumas Associações Militares, o Governo rapidamente se apressou a enviar aos OCS a sua versão, diga-se, muito particular e imaginativa, daquilo que caracterizou como uma resposta “justa e equilibrada” no que concerne aos “aumentos salariais” dos Militares das Forças Armadas para 2023.
Acontece porém que quando o fez, ao final do dia, já a generalidade dos OCS tinha transmitido previamente as posições da AOFA sobre o que verdadeiramente se passou na reunião, e onde confirmámos a dura realidade do logro dos “aumentos remuneratórios” que, uma vez mais, pretendem impor aos Militares portugueses e que se consubstanciarão. novamente, em muito significativas reduções de poder de compra.
O Comunicado que anexamos, constitui-se, tão só, como um complemento de toda a informação que a AOFA ontem prestou e visa desmontar, o que não foi difícil, a forte campanha de propaganda montada pelo Governo e plasmada na tal “Nota à Imprensa”!
Prosseguimos Unidos, Coesos, Solidários e Camaradas!