COVID-19! Plano de Contingência e Cronologia de Procedimentos e Projectos desenvolvidos pela AOFA
Ainda no decorrer da primeira quinzena de março o Conselho Nacional da AOFA analisou e discutiu, com o detalhe possível, tendo em linha de conta a informação então disponível, a situação que começava a configurar-se, determinada pela pandemia de COVID-19, tendo em boa hora tomado um conjunto importante de decisões que agora aqui se registam para memória futura.
15 de março – O Conselho Nacional propôs ao Presidente da Mesa da Assembleia-Geral o cancelamento da Assembleia-Geral ordinária então prevista para 26 de março e convocada em devido tempo.
15 de março – O Conselho Nacional decide suspender todas as reuniões presenciais dos Órgãos Sociais bem como todas as participações oficiais, incluindo as visitas e reuniões com os Oficiais nas U/E/O Militares.
15 de março – As funcionárias que integram o Departamento Administrativo da AOFA entram, com efeitos imediatos, em regime de teletrabalho. Recorda-se / informa-se que de há vários anos a esta parte a AOFA dispõe de todos os mecanismos que permitem, sem quaisquer interrupções ou quebras de eficácia, que as nossas funcionárias, bem como os membros da Direção, possam exercer funções remotamente e de forma autónoma.
16 de março – Por decisão do Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, é formalizado o cancelamento da Assembleia-Geral de 26 de março, sendo essa informação comunicada a todos os Associados bem como, naturalmente, da intenção de reagendamento da mesma assim que estiverem reunidas todas as devidas condições de segurança.
17 de março – AOFA toma a iniciativa de abrir um processo de levantamento de disponibilidades, perante os Oficiais na Reforma (Sócios/as e Não Sócios/as da AOFA), no sentido de determinar os que estariam disponíveis para, em caso de necessidade, poder apoiar os nossos Camaradas do Activo nas U/E/O Militares. Em 2 dias apenas a AOFA reune mais de 150 (cento e cinquenta) Oficiais na Reforma (a esmagadora maioria com idades compreendidas entre os 56 e os 65 anos) e comunica aos Chefes do Estado-Maior da Armada, Exército e Força Aérea todos os elementos sobre os mais de 150 Oficiais disponíveis.
Nota: Alguns dias depois o EMGFA lançou um projecto em tudo idêntico mas de âmbito mais alargado, incluindo ex-Militares e Civis. Em coordenação com o EMGFA, e porque à data já eram conhecidas as possíveis Unidades onde os Oficiais poderiam ser integrados, a AOFA informou todos os Camaradas na Reforma da existência deste projecto do EMGFA e solicitou que todos se inscrevessem na plataforma então disponibilizada, para que não houvesse duplicação de dados.
1 de abril – AOFA lança o projecto “Oficiais Solidários” que integra 3 (três) sub-projectos e que abrange todos os Oficiais (Sócios/as e Não Sócios/as):
a) Estabelecimento de contactos telefónicos com todos os Oficiais integrados no denominado Grupo de Risco (idade superior a 70 anos), sendo que já na última semana de abril esses contactos foram estendidos aos Oficiais com mais de 60 anos. O objetivo foi o de informar, aconselhar e levantar necessidades de eventual apoio por parte da AOFA ou que possa ser agilizado via AOFA.
b) Emissão de receitas médicas via mail ou sms, tendo para tal a AOFA contado com a colaboração de 4 (quatro) Médicos Militares que aderiram a este projecto fundamental de apoio aos Oficiais e suas Famílias, camaradas com mais de 70 (setenta) anos e/ou doentes crónicos e/ou com mobilidade reduzida.
c) Planeamento, Organização e Implementação, em todo o território continental e regiões autónomas de grupos de Oficiais que se disponibilizam a dar apoio domiciliário aos Oficiais com mais de 70 (setenta) anos e/ou doentes crónicos e/ou com mobilidade reduzida, em aspectos tão “triviais” como idas à farmácia, compras em supermercados, etc. etc. por forma a preservar os nossos camaradas desses grupos.
3 de Abril – O Conselho Nacional da AOFA reune, pela primeira vez e na íntegra, através de videoconferência, procedimento que desde então tem mantido, e com excelentes resultados, com base semanal assegurando o prosseguimento da actividade da AOFA.
Como última nota é de referir que todos os procedimentos anteriormente indicados se irão manter até que o Conselho Nacional decida, no todo ou em parte interrompê-los, disso dando nota atempada a quem, exclusivamente, temos de prestar contas das nossas actividades: Aos Oficiais das Forças Armadas Portuguesas e, de forma muito particular, aos Sócios e Sócias da AOFA.