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Delegação da AOFA reuniu, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, com Eurodeputados dos vários Partidos

Na sequência do convite efectuado pelos Deputados Europeus do Partido Comunista Português, integrados no Grupo “Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica”, cerca de 50 Militares Portugueses, representando a AOFA, ANS, AP, ASMIR, CSA e CPA, deslocaram-se a Bruxelas para reuniões de trabalho com Deputados dos vários Partidos Portugueses ali representados. A delegação da AOFA foi composta pelo Presidente do Conselho Nacional (CN), Tenente-Coronel António Costa Mota, pelo Secretário-Geral da AOFA, Capitão-Tenente Diocleciano Branco Batista, pela Secretária do CN e Vogal do CN, Major Margarida Santos e pelos Vogais do CN, Coronel Luís Paula Campos, Tenente-Coronel Agostinho Janeiro, Capitão João Teixeira e Capitão Rodolfo Gouveia.

No cumprimento de um programa anual que prevê o convite a grupos representativos de diversas categorias profissionais, os Deputados Europeus do Partido Comunista Português consideraram que seria oportuno convidar as Associações Profissionais de Militares (AOFA, ANS, AP e ASMIR) bem como os Clubes Militares (CSA e CPA) para uma viagem de trabalho ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, no sentido de auscultar os Militares Portugueses sobre as principais questões que os afectam. Cumprindo esse objectivo as diversas delegações reuniram com Deputados do Partido Socialista (PS), Partido Social Democrata (PSD) e Partido Comunista Português (PCP), estando igualmente presente um assessor do Bloco de Esquerda (BE).

Num debate extremamente interessante e importante, a AOFA, através de todos os membros da delegação, produziu diversas intervenções que no seu conjunto permitiram aos Deputados ficar com ideias precisas e completas sobre muitas das matérias que afectam os Militares Portugueses.

Dossiers como o do Estatuto dos Militares das Forças Armadas (EMFAR), Apoio Social (IASFA), Assistência na Doença (ADM), Saúde Operacional e Assistencial, com especial enfoque no Hospital das Forças Armadas (HFAR), violação reiterada das Leis por parte de sucessivos Governos (Lei 3/2001 – Lei do Associativismo Militar e Lei 11/1989 Lei de Bases Gerais do Estatuto da Condição Militar) e a evidente desigualdade, pela negativa, no tratamento e condições (remuneratórias, logísticas e outras) que se verifica entre os Militares Portugueses e a generalidade dos Militares de outros Países Europeus quando integrados em Forças Conjuntas, foram matérias mais que suficientes para que também os Eurodeputados ficassem na posse de dados que justificam o negro panorama geral com que se debatem as Forças Armadas e, de modo muito particular, os Homens e Mulheres que nelas Servem Portugal.

Numa viagem efectuada de autocarro e que decorreu entre os dias 20 e 25 de Março houve ainda lugar a um programa, necessariamente limitado mas nem por isso menos interessante, que permitiu à delegação nacional visitar as cidades de Bruxelas, Paris, San Sebastian e Guernica.

Ponto alto, a visita ao campo de detenção de Breendonk, nos arredores de Bruxelas, onde é possível, através de toda a brutalidade do detalhe e da preservação de memórias e património, verificar até que ponto os Nazis Alemães foram capazes de ir para prosseguir os seus nefastos objectivos. Sendo certo que ninguém (no seu perfeito juízo) será certamente capaz de ficar indiferente, não é menos certo que a nós, Militares, o conhecimento e reconhecimento desta realidade nos permite, de forma particularmente sensível, avaliar e valorizar como ninguém o significado do termo “Paz”. Sim. O Holocausto foi uma realidade que importa conhecer e divulgar mas sobretudo impedir que, algo sequer parecido, volte a acontecer.

O balanço, pese embora o extremo cansaço imposto pela viagem feita de autocarro, não pode deixar de ser extremamente positivo, sendo opinião unanime dos membros da delegação da AOFA que, sem reservas, é caso para dizer “Missão Cumprida”!!!

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