Dia do Exército 2015 – Presidente da AOFA esteve presente, como convidado

Antecipadas para o dia 20SET por razões relacionadas com questões de ordem operacional (Exercício Nato), as comemorações realizam-se habitualmente no dia 24 de Outubro, data da tomada de Lisboa, em 1147, pelas forças de D. Afonso Henriques, Patrono do Exército Português, reflectindo bem o sentido Pátrio de uma estrutura do Estado que, em momentos marcantes da história de Portugal se assumiu como força determinante para a garantia da Soberania de Portugal.

Iniciadas com uma missa solene celebrada pelo Bispo das Forças Armadas, D. Manuel Linda, com a participação do coro e orquestra do Exército, foi uma cerimónia, ela própria, cheia de significado em conteúdo, beleza e emoção com destaque para o toque de silêncio, que, no contexto e ambiente em que teve lugar, não deixou ninguém indiferente pela carga de emoção transmitida.

Seguiu-se a parada militar, singela e muito bem organizada, em que se procurou transmitir uma imagem dos meios humanos e materiais de que o Exército dispõe, em que a habitual cerimónia de condecorações se pautou pelo equilíbrio, significativamente tendo lugar a imposição de condecoração a um oficial, um sargento, uma praça e uma civil, destacando, naturalmente, os agraciados, mas traduzindo igualmente o gesto do apreço por todos os que, de diferentes formas, se destacam de modo a merecer distinção, o que, certamente, noutros fóruns, igualmente se verificará. Neste âmbito, foi relevante a condecoração de uma ex-docente do “criminosamente” extinto Instituto de Odivelas, atento o destaque que o Exmo. General Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME) deu àquela Instituição na alocução que proferiu.

Discursaram o General CEME e o Ministro da Defesa Nacional.

Dois discursos bem distintos pelo conteúdo e pela reacção que provocaram junto da população que assistia à cerimónia.

Por um lado, uma alocução, do General CEME, falando de valores, princípios, da Condição Militar e referindo as dificuldades com que se debate o Exército com alusão a todo um conjunto de medidas que, sobremaneira, têm afectado a Instituição e os militares, culminando numa significativa ovação por parte da população. Por outro, o discurso do Ministro da Defesa Nacional, centrado no auto-elogio, sem perder a oportunidade de repartir responsabilidades fazendo alusão à estreita colaboração das Chefias Militares numa clara lógica de “passa-culpas” pela responsabilidade e medidas tomadas no âmbito da “reforma 2020”. Findo o discurso, foi o absoluto silêncio.

Significativo!

Na sequência da “Parada Militar” teve lugar um almoço no Regimento de Infantaria nº 13, o qual, por ter sido realizado no formato volante proporcionou uma proveitosa troca de impressões entre os convidados, havendo, na circunstância, oportunidade, da parte das APM, de apresentar cumprimentos ao Exmo. General CEME, agradecendo-lhe o convite e trocando algumas palavras relacionadas com o atribulado momento que vivem os militares.