Encontro de Militares – 12 de Maio – 18H00 – Casa do Alentejo – Lisboa – O que nem sempre é transmitido à opinião pública
Foi enviada uma nota à comunicação social, onde é apresentada uma breve síntese sobre as razões que levaram as Associações Profissionais de Militares (APM) a promover tão importante como clarificador Encontro.

Importa, entretanto, juntar outros argumentos ao que nela foi exposto.
Para além do papel fundamental de garantes da Soberania Nacional e de participantes/protagonistas activos em inúmeras missões de interesse público, como constitucionalmente previsto, nem sempre a opinião pública tem presente que os Militares se vêm afirmando como um vector decisivo da Política Externa do nosso País, tendo desempenhado ou estando a desempenhar missões de elevado risco em Teatros Operacionais que vão desde os países que constituíram a antiga Jugoslávia até ao Afeganistão, sem esquecer o Iraque, Líbano, Timor e a Somália, assegurando, outrossim, através da cooperação técnico-militar, a nossa influência nos países africanos de língua oficial portuguesa (e, com ela, os laços económicos que vêm permitindo a sobrevivência de inúmeras empresas nacionais e, até, a manutenção do emprego, ainda que em paragens longínquas, para dezenas de milhares de portugueses).
Com essas missões, Portugal, como parceiro interessado que é para a solução das preocupações que afligem o Mundo, reforçou a compreensão internacional para os seus próprios problemas, como sucedeu, por exemplo, com a questão de Timor.
Nem sempre se tem presente, também, que Portugal procura assegurar o reconhecimento internacional para o domínio de uma vasta plataforma marítima, que as Forças Armadas se honrarão de proteger, só por si potencial geradora de uma enorme riqueza para o País.
Nas vésperas do Encontro, a AOFA permite-se, por isso, recordar, em traços necessariamente ligeiros, o insubstituível papel das Forças Armadas e lembrar, igualmente, que a sua ausência de espaços ou missões que têm a ver com os Superiores Interesses Nacionais criará um vazio que tenderá inapelavelmente a ser ocupado por outros.