Laboratório Militar foi salvo, mas falta fazer o resto
Como vimos dando conta, a AOFA interveio ativamente na divulgação da difícil situação em que se encontrava o Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), junto das entidades responsáveis e outras, dos oficiais das Forças Armadas, da comunicação social. Merece especial realce, nessa divulgação, a nota informativa, que pode ser recordada na notícia de 2016-08-05, da nossa página, que continha dados fidedignos, de uma enorme clareza e. portanto, irrecusáveis (página da AOFA – http://www.aofa.pt ). A intervenção do MDN parece poder ter resolvido a situação, mas o que foi feito não chega para ultrapassar as circunstâncias em que se encontram todas as entidades envolvidas.
No essencial, a situação de asfixia financeira do Laboratório Militar resultava do entrelaçar de débitos do IASFA/ADM e do HFAR, convergindo as consequências no LMPQF.
Resolveu, bem, o MDN intervir, levando o IASFA e o HFAR a liquidarem os seus débitos.
Não basta, entretanto, esta intervenção, pois subjazem à questão vários problemas, claramente identificados no comunicado a que podem aceder, enviado, como habitualmente, para: PR (Casa Militar); AR (todos os Grupos Parlamentares); MDN; EM?s; Oficiais das Forças Armadas; APM, Organizações de Ex-Combatentes; órgãos de comunicação social.
Com efeito, tem vindo a ser desrespeitado o compromisso do então MDN Dr. Luís Amado, relativo à transferência de verbas para o IASFA, são conhecidos os custos para a ADM com os encargos que não deviam ser seus, bem como o facto dos militares terem que pagar duas vezes (impostos como os restantes cidadãos e descontos para a ADM) para beneficiarem do direito à Saúde, etc.
Para além do mais, lembramos, a propósito, que outro subsistema da área da Saúde, a ADSE, com um funcionamento semelhante – ao da ADM, mas em que a inscrição não é sequer obrigatória, terminou o primeiro semestre com um excedente de mais de 60 milhões de euros.
Permitimo-nos terminar transcrevendo o último parágrafo do comunicado:
“A AOFA espera bem, por outro lado, que os pagamentos que o IASFA teve que satisfazer não sirvam de pretexto para as (desnecessárias!) alienações do seu património, que, segundo o que consta, alguns tanto parecem desejar.”