Oficiais, Sargentos e Praças reuniram-se em Lisboa
A reunião foi promovida pelas Associações de Oficiais (AOFA), Sargentos (ANS) e Praças (AP) e decorreu à porta fechada nas instalações da Academia de Santo Amaro, em Alcântara.
A reunião foi muito participada, tendo contado com cerca de duzentos Militares, de entre os quais muitas dezenas de camaradas NÃO associados, o que desde logo garantiu o pleno sucesso desta iniciativa porquanto a mesma tinha como objetivo reforçar ainda mais a legitimidade das Associações Profissionais de Militares (APM), para a continuação da luta pela defesa dos mais legítimos Direitos e Expectativas dos Militares, recorrendo, se necessário, a iniciativas de maior dimensão e força mediática.
A Mesa foi composta pelos seguintes Militares:
– AOFA – Vice-Presidente do Conselho Nacional, Tenente-Coronel Paulo Cruz
– AOFA – Secretário-Geral, Capitão-de-Fragata, Diocleciano Branco Batista
– ANS – Presidente da Direção, Sargento-Mor António Lima Coelho
– AP – Presidente da Direção, Cabo-Mor Paulo Amaral
Coube aos membros da Mesa, moderada pelo Secretário-Geral da AOFA, a realização das intervenções de fundo, tendo sido abrangidas as grandes temáticas previamente preparadas e que constituem, na sua generalidade, os assuntos transversais que mais preocupam as APM, a saber:
– Direito de Negociação Colectiva com vínculo
– Direito de de Representação Colectiva em Juízo
– Estatuto Remuneratório
– Dignificação e Valorização da Condição Militar
– Apoio na Doença e Gratuitidade nos descontos para a ADM
– Condições Gerais de Instalações, Higiene e Segurança no Trabalho
Na fase de intervenções (foram cerca de duas dezenas) proferidas pelos Militares presentes e que muito contribuíram para a qualidade e dinâmica da reunião, foram igualmente abordadas, entre outras as temáticas, os Cálculos de Pensão de Reforma, a Ação Social Complementar, o Sistema de Avaliação e as muitas repercussões, em termos de (in)operacionalidade crescente, que decorrem da exiguidade, agravada pela desmotivação, dos Efetivos nas Forças Armadas.
Na fase final da reunião, que durou perto de 4 (quatro) horas, houve lugar à apresentação de uma Moção (ver anexo) que viria a ser, após melhoria no seu texto final por parte de algumas contribuições dos presentes, aprovada por unanimidade e aclamação, sendo igualmente decidida a sua entrega, em mão, ao Ministro da Defesa.
Após o final da reunião houve lugar a uma Conferência de Imprensa que contou com a presença de uma dezena de Órgãos de Comunicação Social (TVs, Rádios e Imprensa Escrita) de onde vieram a resultar inúmeras peças jornalísticas que permitiram que as grandes conclusões chegassem, com eficácia, aos nossos Camaradas que não tiveram oportunidade de estar presentes bem como aos nossos Concidadãos!
Os Militares das Forças Armadas deixaram, uma vez mais, bem claro que exigem ser tratados com Dignidade e que a exigência se mantém igualmente por condições várias, todas elas bem conhecidas, de reconhecimento pela condição única que é bem patente imposta pelos ímpares Deveres e Constrangimentos, muitos deles Constitucionais, derivados da Condição Militar e que estão, como aliás já vêm alertando há muito tempo, dispostos a realizar iniciativas de forte impacto mediático, preservando a legalidade democrática, se nas próximas semanas não virem, de forma muito efetiva, atendidas as suas (cada vez mais) justas reivindicações!
As APM estão, de forma evidente e indiscutível, cada vez mais legitimadas quer pelos seus Associados e Associadas, quer pelo cada vez maior conjunto de Militares que, não sendo (ainda) Associados/as, vão marcando presença cada vez mais visível neste tipo de iniciativas.