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Palestra “O Valor da Vida” – Que fazer em relação à Saúde de todos nós?

Em 5 de Junho, no Auditório dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa (SSCML), o médico Dr. João Semedo foi protagonista de uma palestra subordinada ao tema ´O Valor da Vida´. Dado o interesse do tema e o valioso leque de participantes, a AOFA entendeu por bem fazer-se representar pelo CTEN Paulo Martins, Vogal do Conselho Nacional e membro do respectivo Secretariado.

Para além do palestrante, estiveram na mesa:

Director clínico dos SSCML – Dr. Rui Julião

Director comercial da ´José Mello Saúde´ -Dr. Francisco Reymão

Director executivo da ´Advancecare´ – Dr. Sérgio Melro

PRAXAIR Portugal -Dra. Cátia Caneiras

Director da IMS Health -Dr. Hugo Mendes

Coordenadora da Plataforma Activa da Sociedade Civil (PASC) – Dra. Maria Perpétua Rocha

Director Médico da ´Allianz´ -Dr. João Meira Cruz

Director Executivo da ARS Lisboa e Vale do Tejo-ACES Oeste Sul – Dr. Eduardo Mendes

Euopacolon Portugal – Dr. Vítor Neves

Presentes na assistência, algumas personalidades, das quais destaco o Prof. Doutor Gentil Martins e o MGEN Magalhães Mateus (médico do Exército, na situação de reforma).

Apesar do tema citar o direito à vida, também abordado ligeiramente, a palestra do deputado João Semedo incidiu, propositadamente, sobre algumas questões que ele lançou para debate, das quais se destacam:

Podemos dar tudo a todos? (cuidados de saúde, claro)

Dar o quê? Tudo ou parte?

Dar a quem? Em função de que pressupostos?

Complementou tais questões opinando com algumas proposições das quais também se destacam algumas:

´Os políticos dizem: vamos fazer isto, depois logo se vê os meios necessários´;

´Deveriam dizer: estes são os meios, logo, poderemos fazer isto´;

´Os recursos traduzem opções de escolha, e não o contrário´;

´ A ADSE é uma despesa gigante, sobre a qual há muitas dúvidas quanto à sua utilidade. Não há um debate sério sobre isto. Isto, para não falar de muitas outras despesas inúteis, como o BPN, as PPP, o caso da Madeira, etc.´;

´E se aceitássemos que é possível aceitar qualquer escala sobre a hierarquia da vida? Quem define o valor sobre a hierarquia da vida? Quem define o valor das nossas vidas, de cada um? Achamos nós que é o Governo quem tem legitimidade para decidir, mesmo que efémera? Eu julgo que não. No entanto, não encontro outra entidade que substitua o Governo nisso. ´Outra pergunta: quais são os critérios?

Todas as personalidades da mesa se pronunciaram em seguida, focando aspectos que mais lhes dizem directamente respeito nos cargos e funções que ocupam. Destaca-se particularmente a Dra. Maria Perpétua Rocha, num aspecto que referiu: ´Penso que se houver mais eficiência no controle das despesas de saúde, poder-se-á dar mais a todos os que necessitam´.

Surgiram então as intervenções da assistência, tendo a do Prof. Dr. Gentil Martins gerado mais polémica

O CTEN Paulo Martins, interveio, identificando-se como representante da AOFA e referindo a sua formação como Enfermeiro, manifestando discordância com as afirmações do palestrante sobre a ADSE (respondendo o Dr. João Semedo que pretendia afirmar a necessidade de uma gestão mais adequada). Manifestando concordância com a Dra. Maria Perpétua Rocha sobre a indispensabilidade de haver mais eficiência no controlo dos gastos de saúde, mas não podendo deixar de assinalar os fumos de corrupção que pairam nestas e noutras matérias.

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