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Presidente da AOFA entrevistado no noticiário da SIC Notícias das 21H00 pelo jornalista Mário Crespo

Dando mostras de uma grande tranquilidade, o Presidente da AOFA resistiu a responder no mesmo tom ao estilo do jornalista Mário Crespo, que o interrompeu sistematicamente, e conseguiu clarificar algumas questões.

Interrompendo sistematicamente o Presidente da AOFA, colocando em contraponto o que ele próprio defende, mais parecia que o jornalista Mário Crespo se encontrava interessado, não em esclarecer as situações verificadas após o discurso de Sua Exa. o MDN no almoço/debate da revista “Segurança e Defesa, mas sim deixar os telespectadores com a ideia de que aos militares não assiste qualquer razão.

Inclusivamente, depois do “Frente a Frente” que se seguiu à entrevista, na ausência da possibilidade duma afirmação do contrário, declarou que os militares por ele entrevistados deram mostras de não perceber que o País se encontra a viver uma crise.

O jornalista Mário Crespo ignorou que os oficiais se viram subalternizados em época de aparente abundância em relação às categorias profissionais de referência, e, agora, em face da crise, exigem-lhes o mesmo tipo de sacrifícios.

O jornalista Mário Crespo ignorou posições anteriores da AOFA em que foi afirmado que os oficiais: não se querem eximir aos sacrifícios dos seus concidadãos, mas que gostariam de saber como se chegou a esta situação; que verificam que as medidas impostas não têm a equidade que era devido existir (o que foi confirmado por declarações públicas de Sua Exa. o Presidente da República); e, finalmente, que ninguém esclarece qual o horizonte temporal em que elas vão ter lugar.

Na realidade, o jornalista Mário Crespo, por muito que se tenha documentado (como afirmou), domina mal a situação nas Forças Armadas e as preocupações que os que servem o País de uma forma que não tem paralelo na sociedade vêm sentindo em relação à sustentabilidade da Defesa Militar da República, como se encontra estabelecido na Constituição da República Portuguesa.

Pelos vistos, o jornalista Mário Crespo não sabe que há um Conceito Estratégico de Defesa Nacional em vigor, que dele decorre um Conceito Estratégico Militar, que as missões cometidas às Forças Armadas, para lhes dar corpo, necessitam de organização e efectivos (sejam Generais ou Soldados!) que se encontram definidos em diplomas legais, isto para não falar dos meios e recursos que àquelas são necessários. Tudo isto decidido pelo poder político.

Por outro lado, o jornalista Mário Crespo ignorou a falta de diálogo com a AOFA e restantes APM por parte de Sua Exa. o MDN ou dos serviços que tutela, num claro e inequívoco incumprimento da Lei Orgânica nº 3/2001, de 29 de Agosto.

O jornalista Mário Crespo “esqueceu” que os militares foram surpreendidos e, até, ofendidos com o discurso de Sua Exa. o MDN no almoço/debate promovido pela revista “Segurança e Defesa” e procurou associar a “Carta Aberta” da AOFA, uma consequência clara daquele discurso, às iniciativas sindicais que se avizinham, numa evidente tentativa de descredibilizar quem cimentou um sólido crédito junto dos oficiais.

Apesar de tudo o que lhe foi feito para que não conseguisse dar continuidade às suas ideias, o Presidente da AOFA pôde deixar claro:

– Que os militares estão subordinados ao poder político, mas não lhe podem submeter a sua inteligência e auto-diminuir a correspondente capacidade de expressão nos limites que a Lei assegura;

– Que os militares se sentiram ofendidos com as palavras de Sua Exa. o MDN;

– Que os oficiais são favoráveis a iniciativas que conduzam à racionalização e à melhoria de funcionamento das Forças Armadas;

– Que o MDN não cumpre a Lei Orgânica nº 3/2001, de 29 de Agosto, que obriga à audição das APM e, até, à sua integração em Grupos de Trabalho, Conselhos Consultivos e Comissões;

– Que a única política da AOFA é a defesa dos direitos e interesses legítimos dos oficiais;

– Que os militares amam e servem a sua Pátria sem se servirem dela.

O jornalista não sabe que, na sequência da “Carta Aberta”, se inscreveram dezenas de sócios (entre eles um número apreciável de tenentes, capitães e majores no activo) e que inúmeras mensagens de apoio foram enviadas à AOFA, sendo particularmente sugestiva a que definiu o documento em apreço como um “tiro no porta-aviões” (falando de um jogo, a batalha naval, e não propriamente do que podiam pensar alguns dos que emitem opiniões sobre as Forças Armadas e os militares…), por sinal provindo de um jovem oficial no activo.

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