Revolta dos Marinheiro de 1936: Romagem ao túmulo do Comendador José Barata
Faleceu há três anos o último dos tarrafalistas que sobreviveu à Colónia Penal que existiu em Cabo Verde. Como habitualmente, a Associação de Praças (AP) recordou a sua memória, numa cerimónia em que a AOFA se fez representar pelo Coronel Tasso de Figueiredo, Vogal do Conselho Nacional. Presentes, igualmente, dirigentes da ANS, do Clube de Praças da Armada, do Clube do Sargento da Armada e um representante do Presidente da Câmara Municipal de Almada, concelho que está profundamente ligado à Marinha de Guerra Portuguesa.
Em Setembro de 1936, jovens marinheiros revoltaram-se contra o regime de então, lutando pela reintegração de camaradas seus expulsos das fileiras. Muitos deles foram presos e condenados a longas penas na Colónia do Tarrafal, situada em Cabo Verde.
Entre eles, encontrava-se José Barata, que, sendo então o último sobrevivente dessa gesta, faleceu há três anos.
O nosso camarada esteve preso no Tarrafal dos 20 aos 34 anos, cumprindo uma longa pena.
Depois do 25 de Abril de 1974 viu reconstituída a sua carreira, tendo alcançado o posto de Sargento-Ajudante e sido agraciado com a Comenda da Ordem da Liberdade.
A AP vem preservando a Memória e Valores dessa época, promovendo anualmente uma Romagem ao túmulo do nosso camarada, cerimónia a que a AOFA sempre se associou.