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Comemorações do 10 de Junho

Em Castelo Branco, tiveram lugar as comemorações oficiais do 10 de Junho, presididas por Sua Exa. o Presidente da República. Em Belém/Lisboa, realizou-se o XVIII Encontro Nacional de Combatentes, organizado pela respectiva Comissão Executiva, este ano presidida pelo TGEN PILAV Vizela Cardoso.

 

Embora em clara contenção de custos, as Forças Armadas marcaram presença com uma grande dignidade nas comemorações oficiais do 10 de Junho, sendo grato verificar a crescente importância que lhes vai sendo dada por Sua Exa. o Presidente da República (PR) em comemoração de tão profundo significado.

Entretanto, duas notas dissonantes dessa importância.

No discurso de Sua Exa. o PR, se foi evidenciado o papel dos militares, sem paralelo na sociedade que se honram de servir, a forma como referiu a indispensabilidade das Forças Armadas continuarem a usar de parcimónia na gestão dos recursos que lhes são atribuídos, pareceu dar razão aos que entendem que todos nós, os que jurámos dar a vida, se e quando necessário, em defesa dos Superiores Interesses Nacionais, somos tratados de forma privilegiada no meio das dificuldades de quase todo um País.

Na realidade, as Forças Armadas já estão muito para além do razoável e quando falamos apenas do Orçamento do Estado de 2011, uma vez que a suborçamentação crónica a que são sujeitas faz com que encarem o futuro (muito!) próximo com uma enorme preocupação quer no que se refere às verbas para as remunerações do pessoal quer nas respeitantes às despesas de funcionamento, incluindo as relativas à actividade operacional.

Saberá Sua Exa. o PR, por exemplo, que, para abonar as remunerações do pessoal, há Ramos que não podem pagar o suplemento de residência legalmente atribuído aos militares em Regime de Contrato (RC)?

Por outro lado e se os Ex-Combatentes voltaram a ter um lugar de destaque no desfile, num gesto simbólico de reconhecimento que apraz registar, mais uma vez os que com aqueles combateram lado a lado, associados nas APM, muitos deles com as mais elevadas condecorações, se viram impedidos de se ver representados nesse desfile, numa decisão de todo em todo incompreensível. Tal facto determinou que os Presidentes das APM, convidados para estarem presentes na Sessão Solene e no almoço com Sua Exa. o PR, tivessem que declinar esse convite, em manifestação de respeito e solidariedade para com o desgosto e amargura dos camaradas em apreço.

Belém

Antecedida por uma Missa, no Mosteiro dos Jerónimos, com a simbólica presença de D. Ximenes Belo, desenrolou-se, em seguida a cerimónia, sempre comovente, junto ao Monumento aos nossos Mortos, com a presença de inúmeros convidados de honra, entre eles os representantes de Suas Exas. os CEM’s, e de alguns milhares de Ex-Combatentes e seus Familiares.

As Honras foram prestadas por uma Força Militar, que incluía a Banda da GNR e integraram a passagem de aeronaves da FA e as Salvas a partir do Rio Tejo, por parte da Marinha.

Depois do discurso de abertura proferido pelo TGEN Vizela Cardoso, teve lugar uma cerimónia inter-religiosa, simbolizando o ecumenismo da nossa presença no Mundo.

Seguiu-se, primeiro, a evocação dos elementos da PSP mortos em combate e, depois, o discurso em honra dos Combatentes, proferido por um antigo oficial da FA, hoje um elemento de reconhecido mérito numa empresa de topo.

Após a deposição de coroas de flores junto ao Monumento, soou o Hino Nacional, tendo a cerimónia tido o seu momento mais comovente com a passagem dos presentes junto das lápides com os nomes dos dez mil militares mortos durante a Guerra.

 

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